Dez
17
2018

Às vésperas do recesso de fim de ano na UFF, terceirizados da Croll sofrem com salários atrasados

A reportagem da Aduff tentou contato com a Reitoria, mas não havia obtido respostas sobre a situação desses trabalhadores até as 15h30min desta terça-feira (18). 

Cerca de 400 trabalhadores terceirizados, dos setores administrativos e de vigilância da Croll Empreendimentos Comerciais e Serviços – prestadora contratada pela Universidade Federal Fluminense – estão sem receber o salário correspondente ao mês de novembro, que deveria ter sido depositado no dia 7 de dezembro. Até o momento, eles receberam apenas o valor referente ao vale-alimentação, de R$ 15 por dia, e os depósitos do vale-transporte. Há informações, ainda não confirmadas, de que funcionários da Luso-Brasileira, empresa de limpeza, não teriam recebido, até o momento, nenhuma parcela do 13º salário.

De acordo com um funcionário da Croll, não houve contato por parte da administração central da universidade e o que se sabe são informações desencontradas de corredores: alguns dizem que a UFF não fez o pagamento à Croll; outros afirmam que a prestadora de serviço já recebeu os valores, todavia, ainda não os repassou aos trabalhadores.

A reportagem da Aduff tentou contato com a Reitoria, mas não havia obtido respostas sobre a situação desses trabalhadores até as 15h30min desta terça-feira (18). A página institucional da universidade estava fora do ar, com previsão de retorno para as 18h.

De acordo com Carlos Augusto Aguilar Junior, professor do Colégio Técnico-Coluni e diretor da Aduff-SSind, a situação expressa a fragilidade das relações trabalhistas que envolvem os funcionários das empresas terceirizadas, sobretudo num contexto de restrição orçamentária das universidades públicas, como tenta impor a Emenda Constitucional 95, a do teto dos gastos públicos. “A EC 95 implica nesse corte de gastos e, em si, é estratégia para efetivação da aplicação do teto rebaixado para Educação e Saúde, tendo efeito agressivo sobre serviços públicos”, disse Carlos Augusto.

Ele lembra que, nessa época do ano, as pessoas querem fazer suas celebrações e que não contar com um posicionamento acerca do depósito dos salários é uma situação inaceitável e absurda. “Curioso é que o pagamento do auxílio transporte – para justificar a ida desse trabalhador para o seu setor de serviço – foi feito”, observa. “A Aduff-SSind manifesta apoio aos trabalhadores terceirizados, que desempenham serviços essenciais ao funcionamento da universidade”, complementou o diretor do sindicato.

Da Redação da ADUFF | Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco - 

 

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