“Depois de um 8M combativo, classista e que contou com a participação de muitas pessoas - em especial de muitas mulheres - é o momento de construirmos o 14 M. É uma data fundamental para quem luta por justiça social e por democracia no país", disse Marina Tedesco, presidente da Aduff-SSind. Ela comenta a importância das ações previstas para a próxima quinta-feira (14) de março, quando faz um ano do assassinato político da vereadora pelo PSol – a quinta mais votada para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro – e do motorista que a acompanhava ao término de uma atividade de militância no Centro da cidade.
As atividades na quinta-feira próxima começam às 8h, com intervenções em praças públicas, para lembrar a população que o crime permanece impune, apesar de, há um mês, o procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, ter dito aos veículos de imprensa comercial não ter dúvidas de que o assassinato está diretamente relacionado a grupos de milicianos. Após o ‘Amanhecer por Marielle e Anderson’, haverá missa, às 10h, na Candelária. Em seguida, aula magna com o tema “Eu Sou Porque Nós Somos”, às 14h, em local que será posteriormente divulgado. A partir das 16h, está programado um ato político e cultural, na Cinelândia, com a participação de diversos representantes de movimentos sociais.
Para a presidente da Aduff-SSind, é momento de cobrar resposta para um ano sem solução desse assassinato político e também denunciar o incremento às perseguições a quem luta no país, nos diversos movimentos organizados – sindical, sem teto, sem terra, mulheres, favelas, negro, lgbt. “Não existe democracia quando ativistas são perseguidos, condenados e assassinados”, explica a docente do curso de Cinema na UFF.
Segundo Marina Tedesco, é fundamental que os docentes tomem parte nessas atividades, sobretudo em um momento em que a perseguição política se manifesta no âmbito das entidades representativas. “Digamos um basta muito forte a todo esse processo de falsa democracia e de perseguição”, conclui a dirigente sindical.
Da Redação da Aduff | Por Aline Pereira