DA REDAÇÃO DA ADUFF
Tem que juntar todo mundo nessa manifestação, comentou um estudante durante a assembleia comunitária realizada na segunda-feira (6), na quadra da Educação Física no campus do Gragoatá.
É com essa perspectiva que acontece o ato “Eu Defendo a UFF” na tarde desta quarta-feira (8), em Niterói, que contestará os cortes orçamentários anunciados pelo governo federal para as instituições federais de ensino e os ataques aos cursos e disciplinas das áreas humanas nas universidades.
A concentração está marcada para as 16 horas, no Restaurante Universitário do Gragoatá. A expectativa para o ato é grande porque a ofensiva do governo de Jair Bolsonaro contra as universidades - com ‘destaque’ especial para a UFF, a UnB e a UFBA - aponta para um cenário no qual até funcionamento dos cursos, programas e projetos é posto em risco.
O corte orçamentário anunciado é de cerca de 30%. Não é a primeira vez, é verdade, que a UFF e outras universidades sofrem reduções significativas em seus orçamentos. No período recente, isso começou já a partir de 2015. O que torna o caso em curso mais grave é que o novo contingenciamento orçamentário acontece em tais patamares num momento em que os recursos já estão muito escassos. Outra novidade é que vêm acompanhados de um discurso moral contrário à própria existência da universidade pública.
O congelamento do orçamento da União começou em 2017, após a entrada em vigor da Emenda Constitucional 95, que restringe as previsões a, no máximo, a atualização monetária do que se gastou no ano anterior. Como esse congelamento se deu com as finanças das universidades e institutos federais asfixiados, as margens para aplicar novos cortes sem comprometer o funcionamento da instituição já não existem. É o que faz com que muitos reitores e diretores-gerais destas instituições falem em cenário ‘desastroso’ até para mantê-las funcionando.
É para evitar que isso se concretize e mostrar a importância da universidade pública, que estudantes, técnicos, docentes e até trabalhadores terceirizados devem se encontrar na tarde desta quarta-feira para ir às ruas do Centro de Niterói.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho