“Por que Fabrício Queiróz depositou R$89mil na conta corrente da primeira-dama Michelle Bolsonaro?” – a indagação foi feita por setores da população de Niterói, entre estudantes, professores, moradores e demais representantes da sociedade civil, ao protestarem pacificamente contra o I Encontro de Bolsonaristas na cidade. O grupo estendeu uma faixa e anunciou a distribuição de suco de laranja, fazendo alusão ao caso Queiroz e aos indícios de corrupção e de ‘rachadinha’ envolvendo o clã Bolsonaro. A ação terminou em insultos por parte dos bolsonaristas, que xingaram os jovens e fizeram provocações, como a frase "Marielle está morta", repetida diversas vezes por um integrante, em referência ao assassinato da vereadora (PSOL) há dois anos, provavelmente por milicianos. Os manifestantes foram hostilizados, ameaçados e agredidos com sinalizadores e rojões. Um deles atingiu a docente Walkiria Nictheroy, professora da rede municipal de ensino, que, felizmente, não foi ferida gravemente. A agressão foi registrada na 76ª DP.
A questão ainda sem resposta – os R$89mil na conta corrente da primeira-dama – e que interessa a maior parte dos brasileiros, indignou a extrema-direita que participava do ato em favor do presidente Jair Bolsonaro e dos princípios defendidos por ele, em evento no último dia 11, no clube Canto do Rio, no Centro do município, a poucos passos do Diretório Central dos Estudantes - DCE da UFF e do campus da instituição no Valonguinho e no Gragoatá.
Os palestrantes do I Encontro de Bolsonaristas eram Tacimar Hoendel, empresário; Alana Passos, deputada estadual pelo Partido Social Liberal (PSL) e sargento paraquedista do Exército Brasileiro, que, em suas redes sociais, se apresenta como defensora da “família, patriotismo e os valores cristãos” na Assembleia Legislativa do Estado do RJ – Alerj. Outros expositores foram os deputados federais Carlos Jordy e Eduardo Bolsonaro, o filho 03 – que também integram o PSL. Outros correligionários, tanto de partido quanto de valores ditos cristãos, também estiveram no Canto do Rio.
Da Redação da ADUFF
