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Fev
05
2021

Assembleia docente na UFF reafirma que retorno às aulas presenciais só é possível após imunização coletiva

Deliberação foi parte dos debates da primeira assembleia do ano, realizada virtualmente nesta quinta-feira (04). Professores da UFF avaliaram que não é o momento para greve sanitária no ensino superior, mas que debate está sujeito a reavaliações a depender da situação sanitária e política do país. Docentes também aprovaram uma moção de apoio à greve da educação básica, contra o retorno de aulas presenciais sem segurança e vacinação ampla

Na primeira assembleia geral do ano de 2021, as professoras e professores da Universidade Federal Fluminense (UFF) voltaram a reafirmar a luta pela defesa dos serviços públicos e pelo direito dos e das trabalhadoras, reivindicando a vacinação gratuita e pelo SUS para todas e todos e o retorno às aulas presenciais somente após a imunização ampla da população, com segurança sanitária. As e os docentes também reiteraram a necessidade de mobilizações e de agendas unificadas com movimentos sindicais, sociais e estudantis na luta pela vacinação, pelo retorno do auxílio emergencial e pelo “Fora Bolsonaro!”

É importante ressaltar que a próxima carreata já está sendo articulada para o dia 21 de fevereiro e deve acontecer não só na cidade do Rio, mas em várias outras cidades do Estado e do país – inclusive, com formatos para bicicletas. Assim que a programação for fechada e confirmada, as atividades serão divulgadas nos meios de comunicação da Aduff.

No conjunto dos debates, foram apresentados encaminhamentos/proposições analisados e deliberados da seguinte forma:

- A assembleia de quinta-feira (04) avaliou que este não é o momento para uma greve sanitária. A leitura da maioria presente é de que não há, no momento, risco de retorno às aulas presenciais sem segurança na UFF. O que não impede que as e os docentes reavaliem a necessidade de uma greve como parte do calendário de lutas e mobilizações, seja por condições sanitárias, seja por condições de trabalho, como a luta contra a Reforma Administrativa, e pela revogação dos cortes no orçamento público e na Educação.

A realização de uma rodada de debates sobre a construção de uma greve sanitária da Educação no Brasil foi uma resolução aprovada no 9° Conad do Andes-SN, em setembro de 2020. No período, o MEC atacava a autonomia universitária e pressionava para o retorno presencial das universidades sem oferecer qualquer previsão para a realização das vacinações no país e ou condições sanitárias de retorno.  

De lá para cá, a avaliação da assembleia é que a conjuntura se alterou e, graças à pressão da Educação, as portarias do MEC foram modificadas – garantindo às universidades e institutos federais autonomia para decidir sobre esse retorno. Na assembleia, as e os docentes da UFF voltaram a defender a manutenção das aulas remotas apenas como medida emergencial durante a pandemia.

Professoras e professores do Colégio Universitário Geral Reis (Coluni-UFF) também fizeram questão de trazer ao debate as especificidades da unidade, que integra a educação básica através da Carreira EBTT, do Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.

- A principal instância de deliberação da categoria também aprovou uma moção de apoio à greve da educação básica contra o retorno de aulas presenciais sem segurança para a comunidade escolar. No Rio, o movimento foi convocado pelo SEPE, com base na deliberação da assembleia virtal de base. Os profissionais das redes estadual e municipal do Rio aprovaram uma greve pela vida com manutenção do trabalho remoto e sem retorno presencial até que haja vacinação.

- As e os professores da UFF também propuseram campanhas ao Andes-SN, pautando a inviabilidade do retorno presencial da educação nesse momento, e em defesa da vacina para todos e todas e pela quebra de patentes dos insumos necessários para a produção dos insumos das vacinas no Brasil.

 

DA REDAÇÃO DA ADUFF | Por Lara Abib

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