A Associação de Docentes da UFF manifesta solidariedade ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Sintufrj), ameaçado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro de invasão e depredação da sede após a circulação da campanha "Vacina no braço, comida na mesa", que critica a política federal na condução da pandemia da covid-19. Nos diversos campi da UFRJ, foram afixados cartazes que destacam a elevação dos preços do gás, da gasolina e da cesta básica. Além disso, uma instalação audiovisual na entrada do campus da Praia Vermelha projeta imagens que denunciam a política genocida do governo desde o início da pandemia.
Após um ano da chegada do coronavírus ao país, o Brasil alcançou a triste marca de mais de 350 mil mortos em decorrência da omissão do governo no combate à disseminação da doença. Jair Bolsonaro desacreditou a Ciência, minimizou os riscos e a letalidade do vírus, chamado por ele de "gripezinha". Em meio à uma crise sanitária sem precedentes na história recente, o mesmo presidente recusou o uso de máscara, inclusive em reuniões oficiais, e ainda defendeu um ineficaz Kit de tratamento precoce à covid-19, novamente em oposição ao que dizem os estudos científicos. Desacreditou a vacina e a compra dos imunizantes ocorreu a passos lentos.
O Sintufrj diz que não aceita intimidações e que permanecerá denunciando as arbitrariedades cometidas por Jais Bolsonaro. A presidente da Aduff-SSind, Kate Lane de Paiva, manifestou solidariedade aos companheiros do sindicato e, em nome da direção, repudiou qualquer tentativa de censura e criminalização dos movimentos sociais, do movimento sindical, de juventudes ou daqueles que lutam contra toda e qualquer forma de opressão. "Defendemos as liberdades democráticas pela construção de um mundo justo em defesa dos interesses da classe trabalhadora. Assim, é um absurdo a tentativa de censurar o Sintufrj! Bem como é um absurdo a intervenção que o governo federal vem fazendo na escolha dos reitores das Universidades. A defesa da democracia é um dos princípios da nossa diretoria. Não vamos admitir que nos calem! Toda solidariedade àqueles que lutam! Não adianta nos amedrontar que nós vamos continuar lutando como sempre fizemos!", disse a docente do Coluni.
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