Mai
07
2021

Rio de Janeiro amanheceu com protestos contra a Chacina do Jacarezinho

Às 17h desta sexta-feira (07), uma nova convocatória chama para ato contra política genocida e em defesa da vida, na Av. Dom Hélder Camara, 2233

Na manhã desta sexta-feira (07), ato reuniu ativistas e moradores na Cidade da Polícia, na entrada da Favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio, em protesto contra a operação da Polícia Civil que deixou ao menos 25 pessoas mortas ontem. A ação, que já é considerada a maior chacina em operações policiais da história do Rio de Janeiro, afronta a decisão do STF que proíbe operações durante a pandemia da covid-19. Integrantes da Regional Rio do Andes-SN estiveram presentes na manifestação desta manhã. Vídeos e fotos com denúncias de moradores da favela relatam cenas de abuso policial e de execução à queima-roupa na comunidade.
 
 
“Com chacina e sem vacina: o único caminho é a rua! Quem está em casa pra não morrer de covid-19, morre de tiro, ou morre de fome” . No final da tarde desta sexta-feira, uma nova convocatória chama para ato contra a política genocida que mata vidas pobres, negras e faveladas no Estado do Rio e no Brasil. A concentração está marcada para às 17h, na Av. Dom Hélder Camara, 2233 (G.R.E.S Unidos do Jacarezinho). Aos que forem ao ato, a organização orienta para a utilização de máscaras de qualidade e bem ajustadas ao rosto e pela manutenção do distanciamento social sempre que possível. Pessoas que estiverem com sintomas ou forem do grupo de risco podem apoiar os coletivos e movimentos de casa, compartilhando notícias do ato e usando a hashtag #ChacinadoJacarezinho.
 
A diretoria da Aduff-SSind manifesta solidariedade aos moradores do Jacarezinho e seu total repúdio à Chacina, exigindo apuração rigorosa e condenação dos envolvidos. "Como se não bastasse o genocídio da pandemia e o cenário geral de fome e desemprego no país, as favelas ainda enfrentam vírus letal: um sistema de segurança fundamentado no extermínio de pretos e pobres, herança direta de uma transição democrática que não expurgou a ditadura do dia-a-dia de seus moradores e a cumplicidade de setores da sociedade que cultuam o punitivismo militarista sanguinário como forma de enfrentar os conflitos sociais, ao invés de políticas sociais efetivas e transformadoras. Infelizmente, a política de genocídio e a falta de democracia atingem o povo preto, pobre e favelado há muito tempo. E isso tem que acabar!", destaca a entidade, em nota.
 
Fotos: Markos Klemz
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