Grupos de garis da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) realizaram uma paralisação na manhã desta segunda-feira (28), em diferentes pontos da cidade. As e os trabalhadores reivindicam melhores condições de trabalho, um reajuste de 25% nos salários (congelados há 3 anos e corroídos pela inflação), a reativação dos serviços de assistência à saúde, cortados com a mudança no plano de saúde e a readmissão dos garis demitidos por perseguição política.
A decisão pela realização de uma greve foi discutida e aprovada em assembleia da categoria na última quarta-feira (23). Há 2 meses, as e os garis tentam negociar, sem sucesso, a pauta com o prefeito Eduardo Paes e com a direção da Conlurb.
Entretanto, no dia 25 de março, o Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região acolheu um pedido da Comlurb para impedir a greve, a considerando ilegal antes da sua realização e estabelecendo multa diária de 200 mil reais para o Sindicato dos Empregadores de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro caso as e os trabalhadores parassem.
Trabalhadores também denunciam que a Prefeitura abriu contratação de mais de 1,5 mil terceirizados para furar e reprimir a greve da categoria. Ainda assim, grupos de trabalhadores paralisaram as atividades hoje, data estabelecida pela assembleia da categoria como dia de deflagração da greve.
Nesta segunda-feira também haverá uma audiência de conciliação supervisionada pelo Tribunal Regional do Trabalho, com a presença do sindicato e da Diretoria da Comlurb. A perspectiva dos garis é que se não houver acordo a paralisação cresça e que o movimento grevista ganhe corpo nos próximos dias.