Professores e professoras da UFF recém-ingressos por concurso público foram recebidos para uma atividade de acolhimento, envolvendo um debate e um café da tarde, na sede da seção sindical da categoria, a Aduff, na tarde do dia 25 de agosto. A diretoria foi representada pelos docentes Kate Lane Costa de Paiva, Gelta Terezinha Ramos Xavier, Edson Teixeira da Silva Júnior, Poliane Gaspar de Cerqueira e Percival Tavares da Silva.
Inicialmente, a presidente Kate Lane saudou os colegas e os parabenizou pela chegada à Universidade. Ela resgatou a importância do sindicado dos docentes da UFF, que é parte do Andes Sindicato Nacional, e há mais de 40 anos está em defesa dos direitos da categoria e também da Universidade Pública, de forma autônoma e classista.
"Vivemos hoje um ataque brutal ao movimento sindical do ponto de vista político e econômico. O governo Bolsonaro é aquele que persegue os militantes, movimentos sociais, os quilombolas, os indígenas...", afirmou Kate Lane.
De acordo com ela, há um sistemático avanço de governos para desmontar o serviço público. No entanto, atualmente, durante o governo Bolsonaro, houve um aprofundamento dos cortes de recursos para a Educação Pública, além de ataques à autonomia universitária - quando 22 instituições públicas estão sob intervenção. "Nosso período é muito mais difícil do que o vivido anos anteriores. Precisamos estar muito organizados para derrotar o fascismo nas ruas e nas urnas", avaliou a docente.
A seção sindical disponibilizou para os convidados publicações do Andes-SN e da Aduff, entre livros e cartilhas que apresentam questões importantes sobre a história e as conquistas do sindicato.
Participação do jurídico
Os advogados Carlos Boechat e Gabriela Fenske, como representantes da assessoria jurídica da entidade, também participaram da reunião. Eles apresentaram aspectos gerais sobre a Lei 12.772/2012, que instituiu o Plano de Cargos do Magistério Federal - envolvendo o o Magistério Superior e o Magistério de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.
Deram dicas importantes relativas ao processo de estágio probatório e ainda sobre a aceleração de promoção e de progressão na UFF.
Distribuíram ainda a cartilha elaborada pela seção sindical, disponível para consulta também em http://aduff.org.br/site/index.php/publicacoes/cartilhas/item/4290-cartilha-de-pano-de-carreira-e-cargos-do-magisterio-federal
Comentaram também sobre o Funpresp, Regime de Previdência Complementar instituído pela Lei nº 12.618, de 30 de abril de 2012 e administrado por fundos de pensão.
Ao entrar no serviço público, o (a) trabalhador (a) tem o direito de optar se quer ou não aderir ao fundo complementar. Apesar de ser uma decisão individual, o Andes-SN e a Aduff desaconselham a adesão ao Funpresp, pois ele não é a poupança, e não é previdência; é um investimento de alto risco e, segundo pesquisadores da área, que possui uma das mais altas taxas de administração do mercado.
De acordo com a professora Mariana Bruce, do Departamento de História, a acolhida organizada pelo sindicato foi muito proveitosa. "Importante termos um panorama de questões que são fundamentais para a nossa vida profissional. É preciso acolher os professores que estão chegando, porque ficamos muito perdidos", considerou.
Da Redação da ADUFF
Por Aline Pereira
Fotos: Luiz Fernando Nabuco