Nas ruas, as e os manifestantes lembraram aos governantes e à população que "Independência é um Brasil sem fome!”. 125 milhões de brasileiros se encontram hoje em situação de insegurança alimentar. Só no Estado do Rio de Janeiro são 2.8 milhões passando fome.
Em ato que saiu da Av. Presidente Vargas e seguiu até o Cais do Valongo (local por onde desembarcaram milhares de africanos escravizados entre o final do século XVIII e o início do século XIX no Brasil – hoje Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco), as e os manifestantes também gritam pelo fim do genocídio negro no país e pelo fim do governo genocida de Jair Bolsonaro e de seus cúmplices e aliados.
Independência para quem, perguntam, se a abolição formal da escravidão veio 66 anos depois da Independência? Se são as mães negras que continuam a chorar por seus filhos e filhas, tombados pela violência do Estado, que se manifesta através de chacinas, fome, racismo, desemprego?
Na luta para dar voz a quem não é ouvido desde o “Grito do Ipiranga”, o ato também ergueu bandeiras em defesa dos serviços públicos e gratuitos, dos direitos sociais e trabalhistas e das liberdades democráticas.
Professores e professoras da base da Aduff-SSind estiveram presente na manifestação, ainda mais importante diante de uma conjuntura em que é urgente derrotar Bolsonaro nas ruas e nas ruas, defendendo a soberania dos povos e lutando contra o autoritarismo e os arroubos antidemocráticos e golpistas do governo genocida.