Mar
08
2017

Em dia de greve mundial de mulheres, ato pede fim da violência de gênero: Dia 8, às 14h30, no Arariboia

*** Organizadores pedem que participantes vistam camisas ou acessórios na cor lilás; após ato em Niterói, mulheres seguirão para manifestação na Candelária, clamando por igualdade e pelo fim da reforma da Previdência ***

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Aline Pereira

"Nesse dia 8 de março eu paro contra a opressão; contra o controle dos corpos; pelo direito ao aborto legal e seguro; pela igualdade no cuidado com os filhos, com os pais idosos; pela divisão do trabalho doméstico...", diz Bianca Novaes, diretora da Aduff-SSind. Ela é uma das mulheres que escolheram paralisar as atividades, somando forças à 'Greve Internacional das Mulheres', que acontecerá em diferentes países nessa quarta-feira. No Rio de Janeiro, movimentos feministas, ativistas sociais e sindicatos, entre eles a Aduff-SSind, convocam ato no início da tarde, às 14h30min, na Praça Arariboia, no Centro de Niterói (em frente à estação das barcas). Em seguida, os manifestantes participarão de ato que pede o fim da violência cob menos, contra a Reforma da Previdência e Trabalhistas” no Centro do Rio de Janeiro, às 16h, na Candelária; às 18h, sairão em passeata pelas ruas da cidade.

O movimento internacional – inspirado em ações ocorridas na Polônia e na Argentina – foi gestado nas últimas semanas de 2016. Assume perspectiva classista e combativa ao se posicionar contra as opressões econômicas, políticas, sociais e às violências física e simbólica. Ganha ainda mais relevância em 2017, quando se comemora o centenário da Revolução Russa – momento expressivo do século 20, que pôs fim a opressão da monarquia czarista e se tornaria símbolo mundial da esperança de dias melhores.

No Brasil, as ações ganham ainda mais amplitude. Isso porque além de ser um dos países líderes em feminicídio na América Latina, machista e desigual em relação à promoção de oportunidades para homens e mulheres, o Brasil conta com governantes que propõem leis que agridem ainda mais a condição feminina. Entre elas estão as ‘reformas’ da Previdência e a Trabalhista – medidas que afetam ainda mais significativamente as mulheres, já tão oprimidas pelo mercado de trabalho, pela jornada dupla de funções profissionais e de afazeres domésticos.

A diretora da Aduff-SSind, Elza Dely Veloso, conclama todas as mulheres a participarem dos atos, lembrando que não faltam motivos para lutarem por uma sociedade mais igualitária. "No dia 8, vou parar pelo fim da violência contra a mulher, pelo direito ao aborto, contra o racismo", disse, reforçando o convite para a concentração às 14h30, em frente a estação das barcas, em Niterói, para o ato dessa quarta-feira.