Mar
09
2017

Machismo mata todo dia, dizem mulheres na concentração na Candelária para o ato 8M

“Machismo mata todo dia”, diz cartaz exposto por uma professora da UFF na concentração, ao final da tarde desta quarta-feira (8), para o ato unificado do Dia Internacional das Mulheres que acontecerá à noite no Centro do Rio.

A frase sintetiza uma das bandeiras centrais das manifestações que acontecem em dezenas de países do mundo neste 8 de março que pode entrar para a história como um dos mais expressivos já realizados pelos movimentos de mulheres.

A data está sendo marcada por atos e greves no mundo. O movimento extrapolou as fronteiras dos estados nacionais e convocou as mulheres a paralisar as suas atividades – laborais e domésticas – para protestar. As manifestantes unem a defesa do fim das discriminações de gênero, da violência sexista e o feminicídio à luta por direitos sociais, trabalhistas e previdenciários.

A concentração na Candelária já reunia muita gente por volta das 17h50min. De lá, sairá em passeata até a Assembleia Legislativa (Alerj) e, depois, encerrar o ato com uma cerimônia na Praça XV. Muitas mulheres se pintavam para a manifestação, cartazes e faixas também eram preparados ali mesmo, nesse tradicional ponto de encontro de grandes atos políticos da capital fluminense.

Contra as ‘reformas’

No Brasil, a data ganha ainda forte conteúdo de enfrentamento às ‘reformas’ trabalhista e previdenciária que o presidente Michel Temer (PMDB) tenta aprovar no Congresso Nacional. Além de ter sua legitimidade questionada e de ter montado um ministério notadamente formado por homens conservadores e envolvidos em denúncias de corrupção, Temer enviou ao legislativo propostas que reduzem direitos previdenciários e trabalhistas cujos efeitos são ainda mais severos sobre as mulheres.

DA REDAÇÃO DA ADUFF
Com informações de Lara Abib e fotos de Luiz Fernando Nabuco

Fotos: Concentração na Candelária no fim da tarde desta quarta (8), no Rio