Jul
17
2017

62° Conad termina após leitura da Carta de Niterói

62° Conad é encerrado, na noite deste domingo (16), após leitura de documento político que defende a unidade e a mobilização para enfrentar as reformas de Temer

Plenária de encerramento do 62° Conad, em Niterói Plenária de encerramento do 62° Conad, em Niterói / Luiz Fernando Nabuco/Aduff

A presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Nível Superior (Andes-SN), Eblin Farage, encerrou com por volta das 21h40min deste domingo (16) o 62° Conad, o maior da história da entidade, logo após a leitura da Carta de Niterói, feita pelo secretário geral, Alexandre Galvão. A carta destaca, entre outros pontos, a prioridade da luta contra as reformas que eliminam direitos trabalhistas, previdenciários e sociais. “(...) a unidade na luta [é] imperiosa necessidade do momento, unidade que tem que ter como vetor central derrotar a agenda regressiva que ameaça trabalhadores e trabalhadoras”, diz trecho do documento.

Pouco antes, falando pela entidade anfitriã, o presidente da Aduff-SSind, Gustavo Gomes, agradeceu a colaboração de toda a direção da seção sindical, mencionando um a um os nomes dos diretores, à direção do Andes-SN, à Regional do Sindicato Nacional no Rio de Janeiro e de todos os 30 observadores da delegação saída da assembleia docente na UFF. Também agradeceu a colaboração dos diretores dos institutos nos quais foram realizadas atividades do evento, o empenho dos funcionários da Aduff e de todos os trabalhadores e trabalhadoras que atuaram no Teatro Popular de Niterói, onde foram realizadas as plenárias.

Falando pelo Andes-RJ, a professora Juliana Fiúza destacou a resistência dos trabalhadores dos serviços públicos no Rio aos ataques do governo estadual. “Temos que fazer o registro do caos social que o governo do PMDB colocou o Rio neste último período, com desmonte de inúmeros programas sociais, perda de direitos dos servidores... é uma situação de caos, mas também uma situação de luta destes trabalhadores”, afirmou.

O 62° Conad reuniu, de 13 a 16 de julho, 70 seções sindicais e um total de quase 240 pessoas, entre delegados, observadores e convidados. "Isso é motivo de alegria para nós, o maior Conad da história do Andes”, disse Eblin. A presidente do Andes-SN mencionou as deliberações políticas aprovadas na atualização do plano de lutas da entidade – como o empenho na construção de uma nova greve geral como parte da campanha para derrotar a reforma da Previdência e revogar a reforma trabalhista, a consigna “Fora Temer” e a defesa de eleições gerais e diretas já, sob novas regras, para não deixar nas mãos deste Congresso Nacional a decisão sobre o próximo presidente da República caso se consiga derrubar o governo atual. “Não existe alternativa que interesse à classe trabalhadora por via indireta, que não seja pela base”, afirmou Eblin, ao defender o fortalecimento da unidade da classe trabalhadora a partir de um ampla organização e mobilização.

DA REDAÇÃO DA ADUFF

Plenária de encerramento do 62° Conad, em Niterói Plenária de encerramento do 62° Conad, em Niterói / Luiz Fernando Nabuco/Aduff