"Quem defendeu o silenciamento de seus opositores não vai parar de fazê-lo após o período eleitoral", disse Reginaldo Costa, diretor da Aduff, ao saudar plenária “Em defesa da Democracia e dos Direitos Sociais e Trabalhistas”. A atividade unificada dos três segmentos - professores, estudantes e técnico-administrativos - ocorreu na tarde dessa quinta-feira (25), no campus da UFF no Gragoatá. Entre os encaminhamentos, estão a elaboração de Nota dos três segmentos da UFF contra o fascismo; a realização de outra plenária no dia 30 de outubro, (terça-feira), às 18h, que será antecedida por uma oficina de confecção de faixas e cartazes antifascistas às 16h.
De acordo com o docente da Faculdade de Educação, é necessário mobilizar para a luta antifascista independentemente do resultado eleitoral do próximo domingo (28). Ele mencionou as investidas de setores do poder público contra a Universidade Pública, a exemplo do que aconteceu na UFF em Campos, Macaé e no Direito em Niterói.
Nesse último caso, o Tribunal Regional Eleitoral retirou arbitrariamente a bandeira antifascista do prédio da UFF na rua Tiradentes (Ingá). No entendimento de muitos, significa que o próprio órgão reconhece em um dos candidatos a ideologia que dissemina o ódio às minorias e aos dissidentes.
Segundo Reginaldo, está posta a necessidade de ampliação da mobilização para garantir a manutenção de direitos historicamente conquistados e, assim, impedir o avanço de projetos neoliberais sustentados pela privatização dos serviços, como Educação e Saúde.
Pedro Rosa, pelo Sintuff, afirmou que a luta pela unidade tem dado a tônica dos movimentos sociais para o combate ao fascismo. Disse ainda que um dos candidatos à presidência representa claramente um projeto ultraconservador de poder e que, independentemente do resultado do próximo dia 28, o cenário que se avizinha é preocupante.
Para a estudante Ana, do movimento "Rua" - que conduziu a plenária unificada representando os discentes - é urgente a unificação dos movimentos sociais em defesa da cultura democrática. "Temos que estar nas ruas e organizar um ato imediatamente no dia 29", disse.
Contra criminalização da greve dos servidores
A Aduff e o DCE assinaram nota de solidariedade ao Sintuff e contra a criminalização do movimento grevista dos técnico-administrativos.
Desde 10 de outubro, os trabalhadores em Educação seguem paralisados e em luta para que todos os servidores tenham cumprida a reivindicação pelo direito às 30h de jornada e contra o ponto eletrônico, conforme havia sido acordado no início desse ano entre os técnicos e a administração central da UFF.
Lutam também para coibir o assédio moral na Universidade, cuja prática é realidade principalmente para os funcionários do hospital universitário. Uma das servidoras da unidade mencionou também a falta de condições de trabalho adequadas e as distorções causadas pela gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh no Huap.
Da Redação da Aduff-SSind | Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco/Aduff-SSInd