A assembleia geral descentralizada dos docentes da UFF teve a sua primeira etapa em Nova Friburgo ao final da tarde e início da noite da segunda-feira (19). Mais cinco etapas da assembleia descentralizada ocorrem nesta terça-feira (20) nos campi da UFF: em Rio das Ostras (que inclui a participação de Macaé), Campos dos Goytacazes, Angra dos Reis, Pádua e Volta Redonda. Em Niterói, a assembleia acontece na quarta-feira (21), no campus do Gragoatá.
As professoras e professores que participaram da etapa Nova Friburgo debateram todos os pontos da pauta, informa o professor Reginaldo Costa, que integra a direção da Aduff-SSind. Unânimes, rejeitaram a proposta do governo para as instituições federais de ensino superior: o Future-se foi associado à privatização, à perda da autonomia universitária e à subordinação do ensino, da pesquisa e da extensão aos interesses do mercado. Também avaliaram o indicativo nacional de construção de greve nas instituições federais de ensino - se posicionaram pelo estado de mobilização e pelo apoio à posição de acumular forças e discussão em torno da construção da greve. Sobre a eleição dos delegados para o Congresso da CSP-Conlutas, proposta é que seja definido na próxima assembleia. A assembleia também se posicionou pela autorização para que seja feita uma nova eleição para o Conselho de Representantes em Campos dos Goytacazes, que se encontra sem representação. Na assembleia descentralizada, o resultado final só é definido após todas as etapas serem realizadas e as posições e votos do conjunto dos participantes, totalizados.
Para a professora Tatiana Bagetti, que integra o Conselho de Representantes pela UFF em Nova Friburgo, a assembleia permitiu um bom debate sobre a situação da universidade e refletiu a preocupação da categoria docente com o Future-se e os cortes de verbas. Tatiana destaca a avaliação de que é preciso unir todos os segmentos da comunidade universitária na defesa da universidade pública e gratuita. “Foi uma reunião muito interessante, da qual participaram seis professores, filiados e não filiados à Aduff. Com essa conjuntura do Future-se, com toda precarização do ensino superior e com a iminente privatização que pode acontecer com o Future-se, acho que as essas estão se mobilizando mais e encontrando pontos comuns nas discussões, a favor da universidade pública, gratuita, de qualidade e contra o corte de verbas do governo”, avaliou a docente.
Segundo Tatiana, foi ressaltada a importância de realizar mais atividades em Friburgo e nos demais campi do interior. “[Avaliamos] que é interessante continuar com as mobilizações e concordamos que as mobilizações em dias intercalados pode facilitar a participação das pessoas. Essas mobilizações de greve geral de um dia, aulas públicas, trazer pessoas para debates numa mesa redonda, reuniões em conjunto para professores, técnicos, alunos e outras pessoas que queiram comparecer e discutir o Future-se. Todos foram contra o Future-se”, disse.
DA REDAÇÃO DA ADUFF | Por Hélcio Lourenço Filho