DA REDAÇÃO DA ADUFF
Assembleia docente descentralizada, convocada pela Aduff-SSind, alertou para a gravidade do momento pelo qual a educação pública passa no país e aprovou a construção de mobilizações que levem às ruas a defesa das universidades e a rejeição aos projetos de destruição do ensino público superior que o governo tenta implantar.
Por maioria, as professoras e professores aprovaram a participação na greve nacional de 48 horas na educação, autorizando a reunião nacional do setor das instituições federais de ensino do Andes-SN a definir os dias em que ela acontecerá, desde que numa perspectiva de unidade com as demais entidades da área. A data sinalizada são os dias 2 e 3 de outubro, que está sendo construída em conjunto pelas entidades sindicais e estudantis - como o Andes-SN, o Sinasefe (servidores dos institutos federais de ensino básico e tecnológico), a Fasubra (técnicos-administrativos das universidades) e a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Também por maioria, a categoria ratificou a construção de um dia de mobilização em defesa da UFF, do fim dos cortes orçamentários e pela rejeição do Future-se, que será realizado em 18 de setembro próximo, quarta-feira. A paralisação docente neste dia não foi aprovada. A manifestação conjunta dos três segmentos da universidade neste dia - estudantes, técnicos e docentes - foi aprovada na assembleia comunitária que reuniu cerca de 600 pessoas no campus do Gragoatá, em Niterói, no dia 21 de agosto passado. Os trabalhadores terceirizados também foram convidados a participar.
Assembleia em 7 cidades
A assembleia descentralizada da Aduff transcorreu entre 9 e 11 de setembro, com sete etapas realizadas nos campi da UFF em Nova Friburgo, Rio das Ostras-Macaé, Angra dos Reis, Santo Antonio de Pádua, Campos dos Goytacazes, Niterói e Volta Redonda.
A pauta foi comum a todas as rodadas, tendo sido debatidos os seguintes pontos: 1-Informes; 2-Conjuntura e Future-se; 3-Greve Nacional da Educação (48 horas); 4-Paralisação no dia 18/09 – Ato em defesa da UFF, contra o Future-se e os cortes; 5-Eleição da Comissão eleitoral para CR de Campos.
O resultado consolidado da assembleia depende da soma de todas as votações de cada etapa. A greve de 48 horas teve o voto favorável de 31 docentes, sendo que 16 se posicionaram contra e cinco se abstiveram. Já a paralisação no dia 18 foi rejeitada por 28 votos contra 19, sem abstenções.
Docentes ressaltaram na assembleia a importância de participação de toda a categoria e da unidade com os demais segmentos da universidade. O momento, alertaram, exige uma forte reação da comunidade acadêmica, face o risco de a universidade pública e gratuita desaparecer caso os projetos do governo federal sejam implantados.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho