DA REDAÇÃO DA ADUFF
Na sequência de manifestações em Brasília contra a 'reforma' Administrativa (PEC-32), servidores fizeram mais um ato, nesta terça-feira (26), no qual 'encenam' com ironia a movimentação do governo para 'convencer' deputados a apoiar a proposta do presidente Jair Bolsonaro para os serviços públicos.
'Representado' por um boneco, Lira chegou ao aeroporto distribuindo 'laranjitos', 'cédulas' que trazem em uma das faces as imagens de Bolsonaro, Paulo Guedes (Economia) e do próprio Arthur Lira, destinados a 'comprar' maus deputados com emendas parlamentares de até 20 milhões por parlamentar.
O ato é mais uma crítica às manobras que o governo estaria articulando, usando recursos públicos para isso, na tentativa de salvar uma proposta apontada como capaz de destruir os serviços públicos. A atividade foi organizada pelo conjunto das entidades sindicais que participam da campanha, entre elas o Andes-SN.
Neste mesmo dia, o "Congresso em Foco" divulgou que Lira teria dito que não desistiu da 'reforma' e que ela será posta em pauta no Plenário nas próximas semanas - sem especificar quando pretende fazer isso. Para aprová-la na comissão especial da Câmara, o governo teve que substituir oito deputados às vésperas da votação da matéria.
A Aduff participa das manifestações em Brasília, representada pelo professor Wladimir Soares, do Departamento de Medicina da UFF. "Com essa PEC-32, a administração pública vai ficar sendo gerida pelo setor privado, que não tem interesse público nenhum, tem interesse em obter lucro", afirmou o docente, à reportagem, durante ato-vigília em frente à Câmara dos Deputados.
A semana de mobilização em Brasília será acompanhada de atos também nos estados. Manifestações estão convocadas para o Dia do Servidor e da Servidora, 28 de outubro. No Rio, a concentração para o protesto em defesa dos serviços públicos, pela rejeição da PEC-32 e contra as privatizações está marcada para a Candelária, a partir das 16 horas. A bandeira 'Fora Bolsonaro e Mourão' também será levada aos atos.
DA REDAÇÃO DA ADUFF
Por Hélcio Lourenço Filho