Com o objetivo de democratizar e publicizar o debate sobre o retorno seguro das atividades presenciais na Universidade Federal Fluminense, o CUV criou uma Comissão Especial para acompanhar e organizar as discussões e orientações técnicas pertinentes referentes ao retorno das atividades presenciais na Universidade.
Na principal instância deliberativa da UFF, conselheiros técnicos e docentes defenderam uma discussão séria, integrada e democrática sobre o tema na Universidade.
Com a criação da Comissão Especial (composta por 5 integrantes que contemplam os três segmentos da UFF), a ideia é que se estabeleça uma relação de diálogo com o GT Covid-19, Grupo de Trabalho responsável pelos pareceres técnicos e pela elaboração das diretrizes definidas nos planos de contingenciamento da instituição. A proposta de criação da Comissão também propõe a discussão e o diálogo com as entidades representativas de estudantes (DCE-UFF), técnicos-administrativos (Sintuff) e docentes (Aduff-SSind).
A princípio, a duração da Comissão será de 60 dias, podendo ser reavaliada posteriormente. Embora a Instrução Normativa (IN), que versa sobre o retorno presencial na UFF já esteja em vigor, a pauta ainda não havia sido apresentada formalmente ao CUV pela Reitoria.
Em reunião realizada no dia 6 de outubro, a bancada dos técnicos-administrativos apresentou uma proposta de resolução para que o CUV instaurasse um Grupo de Trabalho (GT) paritário, “com a presença de representantes das entidades sindicais, estudantis, direções de unidade e especialistas para formular um protocolo de retorno seguro, isonômico e com amplo aval científico”. A proposta foi encaminhada para avaliação da Câmara de Legislação e Normas (CLN), que em reunião ordinária, nesta quarta (03), deu parecer contrário à criação do GT por inadequações ao Regimento Interno do CUV.
Diante da importância do tema, o conselheiro Ruy Santacruz apresentou um substitutivo sugerindo a criação de uma Comissão Especial, sanando as questões de inadequação regimental, mas preservando o argumento central de ampliar o debate sobre o retorno seguro na Universidade. O substitutivo foi aprovado por unanimidade pelos conselheiros e a Comissão Especial foi criada com a seguinte composição indicada pelo reitor Antonio Claudio da Nóbrega: Bernarda Thailania (conselheira técnica-administrativa), Rodrigo Ribeiro (conselheiro estudantil) e Leila Sobreiro, Victor Hugo e Ana Costa (conselheiros docentes).
Professores querem condição para retornar
Em reunião realizada na última quinta-feira (29), a Comissão da Aduff deliberada em Assembleia Geral para pensar as diretrizes políticas para o retorno seguro, gradual e planejado na UFF voltou a frizar que professores e professoras querem sim retornar às aulas, mas para isso exigem condições de retorno.
No entendimento das e dos presentes na reunião, a Administração Central da UFF têm se desresponsabilizado do debate interno democrático e da coordenação de um plano de retorno para a Universidade, jogando a responsabilidade para departamentos e unidade.
Para as e os docentes, pensar um protocolo de retorno significa defender que a Administração se comprometa com tudo que seja necessário para o retorno, garantindo recursos e apoio técnico e científico para adequação de espaços, disponibilização de álcool e máscaras, entre tantas outras medidas que devem ser debatidas e pensadas com cuidado e responsabilidade em conjunto com os três segmentos e as unidades, com deliberação no CUV.
O documento com as diretrizes políticas do movimento docente sobre o tema já está em fase de finalização e deverá ser apresentado em breve para aprovação em assembleia geral. Leia mais sobre o debate realizado na assembleia geral do dia 8 de outubro.
Da Redação da Aduff | por Lara Abib