Mai
13
2022

Sindicato Itinerante | Aduff critica orçamento secreto e a política de contingenciamento para Universidade

Atividade na UFF em Angra dos Reis contou com a participação de estudantes e de servidores da unidade.

Para discutir o tema "Orçamento público e financiamento da Universidade – Para onde vai o dinheiro? O que é teto de gastos?", o Instituto de Educação em Angra dos Reis (IEAR)/UFF recebeu o Sindicato Itinerante da Aduff, dia 12 de maio. A diretoria foi representada pelos docentes Rodrigo Torquato e Gelta Xavier, que avaliaram positivamente a participação na atividade. 
 
De acordo com Rodrigo Torquato, que atua no IEAR, a roda de conversa apresentou as ações, lutas, história e estrutura do Sindicato. Abordou a questão do orçamento e do financiamento públicos. "Fundamentados em dados oficiais, a partir dos gráficos organizados pelo economista Rodrigo Ávila e também difundidos pela Maria Lúcia Fatorelli (Coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida), problematizamos a questão da constitucionalidade, da autonomia didático-científica e administrativa da Universidade", explicou o docente.
 
Segundo ele, a discussão política criticou o fato de mais de 50% dos recursos brasileiros, não computados para o teto de gastos, terem como destino certo os interesses de banqueiros e não as necessidades da sociedade civil no que tange à Saúde, à Educação e à Seguridade Social, por exemplo. "Criticamos ainda a emenda constitucional denominada de "Emenda Secreta", que vai destinar R$16 bilhões para os relatores. Nós, os brasileiros, não saberemos o nome dos beneficiados e nem os critérios para a liberação dos recursos", disse Torquato, para quem a prática é uma verdadeira aberração e desrespeita o princípio constitucional da transparência na administração pública.
 
A diretora Gelta Xavier, da Faculdade de Educação em Niterói, também destacou positivamente a participação dos estudantes na atividade da Aduff, que integrou a "II Semana de Acolhimento do IEAR", realizada entre 9 e 13 de maio.
 
Para ela, as discussões também situaram as condições de estudo e trabalho na Universidade Federal Fluminense, considerando as especificidades da multicampia e da conjuntura política e econômica do país. "É significativo o número de estudantes que têm desistido dos cursos, porque objetivamente faltam moradia, bandejão e transporte", afirmou a docente.
 
De acordo com a diretora da Aduff, a dificuldade para obter bolsas e a falta de empregos foram alguns dos problemas relatados e agravados no contexto de pandemia da covid-19 e da política federal de contingenciamento de verbas. 
 
Da Redação da ADUFF
Foto: Luiz Fernando Nabuco

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