Da Redação da Aduff
Com lema "Vida em primeiro Lugar: 200 anos de (in)dependência para quem?", o Grito dos Excluídos e Excluídas percorreu ruas do Centro do Rio de Janeiro, lembrando que 125 milhões de brasileiros se encontram hoje em situação de insegurança alimentar. Só no Estado do Rio de Janeiro são 2.8 milhões passando fome.
No feriado de 7 de setembro de 2022, quarta-feira, os manifestantes também gritam pelo fim do genocídio negro no país e pelo fim do governo genocida de Jair Bolsonaro e seus cúmplices e aliados.
Independência para quem, perguntam, se a abolição formal da escravidão veio 66 anos depois da Independência? Se são as mães negras que continuam a chorar por seus filhos e filhas, tombados pela violência do Estado, que se manifesta através de chacinas, fome, racismo, desemprego?
O ato saiu da Av. Presidente Vargas e seguiu até o Cais do Valongo, marco histórico localizado na zona portuária do Rio de Janeiro, entre as atuais ruas Coelho e Castro e Sacadura Cabral.
O local recebeu o título de Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, em 2017, por ser um registro material da chegada de homens, mulheres e crianças africanas escravizadas às Américas.
Ali, foi lido o manifesto do Grito dos Excluídos. Logo depois, representantes do movimento negro falaram sobre o racismo e a descriminação que persiste no país nestes 200 anos da Independência - quadro agravado, disseram, por governantes e autoridades que pregam o preconceito social e racial, liderado pelo "genocida" Bolsonaro, que, em Brasília e, logo depois, no Rio, utilizava dinheiro público e as comemorações do bicentenário para fazer ilegalmente campanha eleitoral e propagar mais preconceito enaltecendo uma duvidosa virilidade sexual.
Da Redação da Aduff
fotos: Luiz Fernando Nabuco/Aduff