Na carta, afirmam que a proposta contraria interesses da população usuária do SUS e de trabalhadoras e trabalhadores e solicitam a retomada do diálogo com o Ministério da Saúde e com a ministra Nísia Trindade, uma vez que o tema não foi sequer debatido com movimentos sociais e entidades sindicais.

Signatários da carta, entre eles o Andes-SN e a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, defendem a extinção do grupo de trabalho e a construção de uma proposta que possa levar à recuperação da rede federal de hospitais, em sua total capacidade, incluindo a realização de concurso público, gestão participativa e conselho gestor nas unidades.

 “Acompanhamos os Hospitais universitários geridos pela Ebserh e nenhum deles apresenta melhorias para a assistência, tampouco para servidores, pelo contrário! As mazelas que acometem as instituições públicas como a falta de financiamento adequado, também recai sobre a Ebserh, pois a fonte de financiamento é a mesma, além de propiciar um ambiente tóxico, com assédio moral e sobrecarga de trabalho”, alertam. 

 “Não podemos permitir que essa administração, tão saudada por trabalhadores e usuários, seja maculada por políticas equivocadas e perigosas que não encontraram acolhida em nenhuma das instâncias onde a população se faz presente no SUS, bem a falta de sensibilidade no que toca os aspectos democráticos que devem envolver a questão. O programa que elegeu Lula e a garantiu como ministra, versa por um SUS forte, universal, estatal, democrático, com qualidade e equidade! EBSERH, não!”, concluem.

Leia aqui o documento na íntegra.

Na terça-feira (16), trabalhadores e trabalhadoras da rede federal do Rio de Janeiro realizam ato unificado em frente à entrada principal do Hospital Federal dos Servidores do Estado (rua Sacadura Cabral, 178, Gamboa). A manifestação, com início previsto para as 10h30, é uma resposta à precariedade das unidades de saúde, contra a entrega do HFSE e de hospitais federais para a Ebserh e por condições de trabalho e atendimento nos hospitais federais,na luta por reajuste salarial, cumprimento dos acordos de greve, concurso público e pagamento do piso da enfermagem em valores integrais.

Da redação da Aduff, com informações do Andes-SN