Mar
20
2024

Em Rio das Ostras, docentes dialogam sobre urgência de participação no movimento que constrói a greve

Professoras e professores percorreram as salas de aula e o campus da UFF em Rio das Ostras, convidando a categoria a participar da assembleia da Aduff, que será descentralizada, presencial e simultânea. Haverá pólos para participação em Rio das Ostras, Campos, Volta Redonda, Pádua, Friburgo, Angra e Niterói.

Docentes conversam em sala de aula sobre a mobilização em curso e a situação da universidade Docentes conversam em sala de aula sobre a mobilização em curso e a situação da universidade / Arquivo Pessoal - gentilmente cedida para publicação

Às vésperas da assembleia que avaliará o indicativo nacional de construção da greve docente nas instituições federais de ensino superior, professores da UFF em Rio das Ostras percorreram salas de aula e panfletaram no campus, na terça-feira (19) e na quarta-feira (20), para convidar os e as colegas docentes a participarem das discussões. A assembleia presencial e descentralizada - com as reuniões ocorrendo simultaneamente em locais previamente determinados (ver ao final) - acontece nesta quinta-feira (21), a partir das 15 horas. Essa movimentação também ocorreu em outros campi da UFF.

À frente da panfletagem no campus estiveram as e os professores dos departamentos de Psicologia e Interdisciplinar de Rio das Ostras, vinculadas e vinculados aos cursos de Psicologia, Serviço Social e Enfermagem. 

Para Rodrigo Teixeira, professor do Curso de Serviço Social, a tentativa de mobilizar a comunidade e a categoria docente foi positiva. "Foi um momento em que pudemos refletir com docentes e discentes as pautas referentes a revogação do novo ensino médio, a luta geral pela carreira docente, o reajuste salarial entre outros aspectos da pauta de reivindicações. A mobilização foi positiva porque também oportunizou a filiação de novos docentes na Aduff-SSind", afirmou. 

O panfleto, elaborado pela Diretoria da Aduff-SSind, afirma que desde o início de 2023 o Andes-SN, em conjunto com a representação de demais categorias do funcionalismo no âmbito do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais), têm construído a Campanha Salarial. Informa ainda que não houve avanços significativos sobre a recomposição salarial e as demais reivindicações apresentadas pela bancada sindical na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP).

Em pauta, estão a recomposição do orçamento das Universidades, asfixiados por uma política de austeridade fiscal iniciada em outras gestões mas que, até o momento não foi sanada; a revogação de medidas como o Novo Ensino Médio; das contrarreformas da Previdência e o arquivamento da PEC 32, a da Reforma Administrativa; a abertura da Mesa Setorial da Educação; o respeito à autonomia universitária e o fim da lista tríplice, o fim da Instrução Normativa IN 66, que prejudica o processo de progressão funcional de docentes. 

Elizabeth Carla Vasconcelos Barbosa, docente da unidade e ex-dirigente da Aduff e do Andes-SN, a panfletagem foi muito interessante e houve boa receptividade por parte dos professores e dos estudantes. "Visitamos salas em que docentes não eram sindicalizados e preencheram ficha para se associar à Aduff-SSind. Fizemos um debate e as pessoas tiraram dúvidas", conta. 

"Falamos da importância desse momento e das nossas pautas, da nossa articulação e de uma mobilização em que possamos discutir a situação da Universidade pública, a nossa carreira, os desmontes das políticas públicas", afirma Elizabeth.

Para ela, é preciso ter em mente que a greve é um instrumento de pressão quando todos os recursos já foram esgotados - negociação, paralisação. "É uma forma de buscar saídas contra o revogaço e as contrarreformas. O governo continua insistindo em não nos responder [sobre as demandas que envolvem o reajuste salarial e as questões de carreira docente]", avalia.

Na avaliação de Ana Cristina Trancoso, docente do curso de Psicologia, a panfletagem também foi um momento importante para dar publicidade à pauta de reivindicações dos e das docentes federais. "Conseguimos informar estudantes e outros docentes sobre o que está sendo construído nacionalmente para reverter nossas perdas salariais, o sucateamento que as universidades públicas. Participar da assembleia docente é fundamental para o amadurecimento das ações necessárias para a nossa mobilização", afirmou.

O tema estará em pauta na assembleia desta quinta-feira 21, com espaço para análises de conjuntura. Confira, a seguir, os lugares marcados para ocorrer a Assembleia Geral Descentralizada e Simultânea:

-Em Niterói (mesa central para coordenação da assembleia):

>Auditório do Biomédico, na rua Hernani Pires de Melo 101, em São Domingos

-Campi fora de Sede

>Rio das Ostras – Hall do RHS

>Campos – UFF-Campos - sala multiuso (C201)

>Volta Redonda – Sala multimídia, 303 bloco B

>Friburgo – Sala 8 (a confirmar)

>Angra – Auditório

(Não haverá mais a mesa prevista inicialmente para Pádua. Docentes que pretendessem participar de lá devem procurar um campus mais próximo para isso)

Professoras e professores poderão participar em quaisquer dos pontos em que haja a assembleia simultânea. 

Da Redação da Aduff-SSind
Por Aline Pereira

*Texto atualizado em 21/3/2024, às 10h20min, para exclusão de Pádua da lista de locais onde haverá mesa instalada para assembleia. 

Docentes conversam em sala de aula sobre a mobilização em curso e a situação da universidade Docentes conversam em sala de aula sobre a mobilização em curso e a situação da universidade / Arquivo Pessoal - gentilmente cedida para publicação

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