Abr
04
2024

9 de abril: Na UFF em Rio das Ostras, assembleia docente descentralizada e simultânea será no auditório do RHS

Docentes de Rio das Ostras falam sobre a importância de participar da assembleia descentralizada e simultânea que decidirá sobre o indicativo nacional setorial do Andes-SN de deflagração da greve em 15 de abril, nas instituições federais de ensino superior. A assembleia acontece no dia 9 de abril (terça), às 14h30, simultaneamente em Niterói (mesa central), Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Nova Friburgo, Volta Redonda, Rio das Ostras e Santo Antônio de Pádua.

A assembleia geral docente da UFF convocada pela Diretoria da Aduff-SSind para o dia 9 de abril (terça-feira), às 14h30min, será descentralizada e simultânea. Na UFF em Rio das Ostras, haverá uma mesa instalada para realização da assembleia simultânea no auditório do RHS.

A segunda assembleia com estas características convocada pela diretoria da Aduff-SSind contará com uma mesa central para coordená-la instalada em Niterói e outras mesas distribuídas pelos campi fora da sede (Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Friburgo, Volta Redonda, Rio das Ostras, Santo Antônio de Pádua). 

Docentes de Macaé e Petrópolis, onde não haverá mesa instalada para a assembleia, devem se dirigir ao local mais próximo.

A assembleia vai decidir sobre o indicativo de início da greve a partir de 15 de abril. A íntegra da pauta proposta é a seguinte: 1) Informes; 2) Indicativo de deflagração da greve do Andes-SN para o dia 15 de abril; 3) Construção de pautas locais.

Construção da greve docente

Para a professora Antoniana Defilippo, da UFF em Rio das Ostras, a possibilidade de se debater pautas tão importantes para a categoria numa assembleia descentralizada é um grande avanço. "Sobretudo para uma pauta tão importante para nossa categoria, que é a construção de uma greve", disse à reportagem da Aduff, sem deixar de mencionar que acredita ser necessário melhorar o formato para que haja "tranquilidade e uma melhor participação qualitativa de todos e todas docentes".

"A próxima assembleia será no mesmo formato e teremos oportunidade de avaliar melhor, sobretudo pela pauta greve, que requer amplo debate pelo momento que vivemos na universidade pública e os caminhos a serem construídos pelo movimento sindical docente", disse.

Também professora da UFF em Rio das Ostras, Ana Cristina Trancoso avalia que a participação da categoria na multicampia é fundamental para a construção deste movimento. "O sucateamento da universidade pública é ainda mais evidente nos campi do interior.  É imperioso que o governo progressista atual barre a desestruturação que vem ocorrendo no ensino público  ao longo do tempo e fortemente implementada pelo governo anterior", defende.

Ana Cristina também elenca aspectos da realidade atual da Educação que, analisa, torna a construção da greve mais urgente. "Tendo em vista o orçamento atual da universidade pública, que de 2014 a 2024 sofreu um corte de quase a metade do montante; do arrocho salarial da categoria; e do fosso ainda maior que o Novo Ensino Médio representa para o acesso da classe popular à universidade, entendemos que a greve, neste momento, é fundamental para trazer a atenção do governo para as nossas pautas", diz.

Para o professor Juan Retana Jimenez, também de Rio das Ostras, o momento exige uma mobilização permanente, o que considera ser fundamental debater na assembleia, analisando-se o atual momento conjuntural e as perspectivas da educação pública no Brasil. "É um momento de atenção, a gente tem que começar a buscar estratégias para fortalecer uma perspectiva progressista de esquerda nesse momento. A greve é um instrumento para isso? Esse é o ponto que está sendo debatido nesse momento na assembleia e é fundamental [debatê-lo]", diz, pontuando que se atravessa um período contraditório, no qual, por um lado, a previsão orçamentária é insuficiente para cobrir as necessidades das universidades públicas federais e, por outro, enfrenta-se a pressão do Centrão, da extrema direita e até mesmo de setores do campo progressista e de esquerda.

Na avaliação de João Claudino, que integra a diretoria da Aduff-SSind, na secretaria de Comunicação, é desafiador realizar assembleias gerais que permitam a "participação de todas, todos e todes" e é isso, diz, que está se tentando aprimorar com a assembleia descentralizada e simultânea. 

O docente também ressalta a importância da participação e envolvimento de toda a categoria nesse momento em que se está construindo a greve, diante de um impasse nas negociações com o governo federal. Seguem postos o reajuste zero e o rebaixamento orçamentário na Educação segue prevalecendo nas políticas governamentais, critica o professor João Claudino, ao convidar à participação na assembleia.

Locais onde haverá mesa para participar da assembleia desta terça (9), 14h30:

Niterói (mesa central) - Auditório do Instituto de História (Bloco P), no campus do Gragoatá.
Rio das Ostras - Auditório do RHS
Santo Antônio de Pádua - Auditório do Infes.
Angra dos Reis - Auditório
Nova Friburgo - Auditório do ISNF
Volta Redonda - Sala 303B (Campus Aterrado)
Campos dos Goytacazes  - Auditório

*Macaé  e Petrópolis - Não haverá mesa, docentes devem se dirigir ao campus mais próximo para participar da assembleia.

Reunião setorial e a assembleia passada

Em assembleia na UFF, no último dia 21 de março, professores e professoras aprovaram o indicativo do 42º Congresso do Andes-SN de construção de greve docente no 1° semestre de 2024.

No dia 22 de março, houve reunião do Setor das Federais, no Andes-Sindicato Nacional, em Brasília, que apreciou o resultado da rodada de assembleias realizadas pelas seções sindicais entre 11 e 21 de março para debater o indicativo de greve aprovado durante o 42º Congresso. 

Na reunião setorial, a Aduff-SSind defendeu a proposta aprovada na assembleia. Todavia, a maioria das seções sindicais cujas assembleia deliberaram a favor do indicativo de greve apresentaram datas dentro do mês de abril para início da paralisação. Ao final, a reunião definiu pela recomendação de deflagração da greve em 15 de abril, após nova consulta ao conjunto da categoria por meio de assembleias. 

A nova rodada de assembleias está ocorrendo entre 26 de março e 9 de abril. O posicionamento da assembleia da UFF será levado para a próxima reunião do Setor das Federais do Andes-SN, que acontece dia 10 de abril, em Brasília, para os resultados das consultas realizadas pelas seções sindicais em cada estado.

Da Redação da Aduff
(Notícia atualizada no dia 6/4/1024, para inclusão de avaliações de docentes)

 

Da Redação da Aduff