Abr
15
2024

15 de abril | "Educação não é gasto; é investimento", diz diretora da Aduff em atividade de mobilização na UFF

No dia em que a Universidade Federal Fluminense parou por 24h para construir a greve, professores e estudantes estiveram no campus do Gragoatá para roda de conversa: "Educação Popular e a construção da Universidade Pública", organizada pela comunidade da Escola de Serviço Social, em Niterói

"Educação Popular e a construção da Universidade Pública" foi o tema da roda de conversa realizada na tarde de segunda-feira, 15 de abril, dia de paralisação docente por 24h na Universidade Federal Fluminense para a construção da greve. Realizada no pilotis da Escola de Serviço Social (Gragoatá), a roda de conversa contou com a participação de estudantes e professores do Serviço Social, da Educação, da Economia, de Letras e do Colégio Geraldo Reis (Coluni), entre outros.

Foi conduzida pela professora Jacqueline Botelho, docente do Serviço Social e diretora da Aduff. Contou com a participação da Presidenta do sindicato, Maria Cecília Castro - docente do Coluni.

Inicialmente, Jacqueline fez um breve histórico da importância do Andes-SN e da Aduff como espaços de resistência em defesa da Educação Pública e dos direitos da categoria docente. Analisou o cenário de desmonte da Universidade Pública que se agravou nas últimas décadas com o avanço do neoliberalismo. "Educação não gasto; é investimento", afirmou. 

A atividade integra a agenda de mobilizações de docentes da UFF neste dia de paralisação, que foi aprovada em assembleia do dia 9 de abril para construir a greve e dar visibilidade à pauta de reivindicações da categoria: reajuste salarial; reestruturação da carreira; recomposição dos orçamentos das Universidades e revogaço das medidas antidemocráticas do governo Bolsonaro que impactam diretamente os serviços públicos e o conjunto de servidore(as). 

"Queremos ocupar a Universidade; não é para a gente ficar em casa neste dia paralisação. Precisamos colocar aqui o verdadeiro sentido da universidade pública. O que a gente quer para essa universidade? Quais são as linhas, as diretrizes que são importantes para nós?  Quais são nossas bandeiras? Não vamos baixar a bandeira da universidade pública, da educação pública", afirmou a diretora. 

Logo após, outros docentes e estudantes puderam se manifestar e expuseram o descontentamento com a ausência de política de assistência estudantil (alimentação, moradia, bolsas de graduação e de pós-graduação) e com os cortes no orçamento das instituições de ensino superior, além da precarização das instalações físicas e relações de trabalho. Falou-se ainda da necessidade de reestruturação nas carreiras e de reparação quantos às perdas salariais acumuladas por professores e técnico-administrativos (esses em greve desde 11 de março).

Greve da Educação Federal 

A paralisação da UFF ocorre no momento em que, nacionalmente, a categoria docente iniciou greve por tempo indeterminado a partir desta segunda (15). Na UFF, a assembleia convocada pela Aduff reafirmou a deliberação de construir a greve no primeiro semestre e, como parte dessa construção, aprovou a paralisação. Já o indicativo nacional de iniciar a greve no dia 15 foi rejeitado numa votação disputada, por 238 votos contrários e 194 favoráveis. 

Uma nova assembleia descentralizada e simultânea de docentes está sendo convocada pela direção da Aduff-SSind para o dia 18 de abril (quinta-feira), a partir das 14h30min, como parte do cumprimento dessa decisão de construir a greve na Universidade Federal Fluminense. Os locais serão divulgados em breve nos canais de comunicação da Aduff.

Da Redação da Aduff
Por Aline Pereira
Foto: Luiz Fernando Nabuco

 

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