Abr
18
2024

Assembleia docente aprova: greve começa na UFF no dia 29 de abril

Professores e professoras da UFF decidiram, numa assembleia descentralizada e simultânea em 7 cidades, aderir à greve nacional liderada pelo Andes-SN  



Imagem da assembleia na Quadra do Coluni, em Niterói; ao fundo, ao lado da mesa, o telão com a assembleia em outras seis cidades

Da Redação da Aduff

A greve docente por tempo indeterminado começa na Universidade Federal Fluminense no dia 29 de abril. O 'Estado de Greve' foi deflagrado a partir da assembleia desta quinta (18). A deliberação de aderir à greve nacional da categoria foi tomada por ampla maioria dos votos, numa assembleia que certamente entrará para a história da organização sindical da categoria na UFF.

Descentralizada, simultânea e presencial, a assembleia geral reuniu mais de 400 professoras e professores em sete cidades e campi da universidade, na tarde e início da noite desta quinta-feira, dia 18 de abril de 2024. Em Niterói, a mesa central, que coordenou toda a assembleia, aconteceu na Quadra do Coluni. Também foram instaladas mesas em Rio das Ostras, Nova Friburgo, Santo Antônio de Pádua, Campos dos Goytacazes, Volta Redonda e Angra dos Reis.

A decisão de iniciar a greve na UFF foi muito comemorada ao final da votação, quando a mesa que coordenou os trabalhos - composta pela presidenta da Aduff-SSind Maria Cecília Castro e pelas diretoras Jacqueline Botelho e Susana Maia - anunciou o resultado, computando os votos na Quadra do Coluni e nos demais seis pontos de assembleia fora da sede. "Greve geral em toda federal", cantou a assembleia.

Votação

A decisão sobre a greve foi disputada, com falas enfáticas. Antes da votação propriamente, no ponto de análise de Conjuntura, foi aberto espaço para 20 docentes apresentarem as suas posições. Argumentos favoráveis e contrários a já apontar uma data para entrada em greve foram expostos. 

Na votação, 239 docentes se posicionaram pela entrada imediata em Estado de Greve e deflagração da greve, aderindo ao movimento paredista nacional, a partir do dia 29 de abril. Já 138 docentes votaram pela manutenção do indicativo de construção da greve, da mobilização, porém ainda sem data para início da paralisação.

Não houve, portanto, proposta contrária à greve. Foi a voto se haveria data para iniciá-la ou se seria mantida a mobilização para construí-la no primeiro semestre - a posição aprovada no 42o Congresso do Andes-Sindicato Nacional e que acabou por levar à deflagração da greve em outras instituições federais de ensino superior no dia 15, segunda-feira passada.

A votação, por cada ponto com mesa instalada para a assembleia, foi a seguinte: 

Proposta 1 – Estado de greve e adesão à Greve Nacional dia 29 (239 votos)

Niterói: 156 votos
Angra dos Reis:  5 votos
Campos dos Goytacazes: 29 votos
Nova Friburgo: 2 votos
Santo Antônio de Pádua: 17 votos
Rio das Ostras: 26 votos
Volta Redonda: 4 votos


Proposta 2 – Manutenção do indicativo de Greve sem data, mantendo mobilização (138 votos)

Niterói: 119 votos
Angra dos Reis: 9 votos
Campos dos Goytacazes: 1 voto
Nova Friburgo: 0
Santo Antônio de Pádua: 0 
Rio das Ostras: 3 votos
Volta Redonda: 6 votos

Da Redação da Aduff-SSind
Por Aline Pereira e Hélcio Lourenço Filho
Fotos: Luis Fernando Nabuco

 

Mesa central da assembleia; abaixo, reprodução da imagem da videoconferência que uniu os sete pontos da assembleia presencial e descentralizada