Out
13
2012

Docentes protestam contra data da Agenda Acadêmica UFF

Conforme deliberação da Assembleia Geral da ADUFF realizada no dia 2 de outubro, a Comissão de Mobilização aprovou uma “Nota pública” manifestando sua crítica à manutenção da data de realização da Agenda Acadêmica, a despeito dos quase quatro meses de greve. Os docentes farão uma panfletagem na solenidade de abertura da Agenda, no dia 16 de outubro, às 18 horas, no auditório Florestan Fernandes (Gragoatá, Bloco D). Segue abaixo a íntegra da nota.

Nota pública
Em assembléia realizada no último dia 02, os docentes da Universidade Federal Fluminense decidiram manifestar seu descontentamento em relação à manutenção da Agenda Acadêmica no mês de outubro. Compreendemos que a Agenda Acadêmica é um momento importante de sistematização e apresentação dos trabalhos realizados por docentes e discentes no âmbito do ensino, pesquisa e extensão, buscando promover a integração da comunidade acadêmica. A atividade, prevista no calendário acadêmico e já programada no planejamento anual dos docentes, é baseada em trabalho construído nos diversos programas da instituição durante todo o ano. Compreendemos a importância do evento, e, por isso, fomos contrários a sua manutenção neste período já que desconsidera o longo período de greve e a parcialidade dos trabalhos desenvolvidos, tendo em vista a suspensão do calendário acadêmico.
A greve, realizada por docentes, servidores e estudantes, foi a mais longa das Instituições Federais de Ensino dos últimos anos se estendeu por quatro meses. Em virtude da intensa adesão e mobilização, a UFF suspendeu o seu calendário acadêmico durante o período de paralisação, e o calendário de reposição só teve início no dia 24 de setembro. Por isso, consideramos que seria necessário reavaliar a data da Agenda Acadêmica, para que pudesse ser garantido todo o período de reposição e o início do segundo semestre letivo de 2012. Porém, o que prevaleceu foram os interesses e os acordos firmados com financiadores externos do evento, o que evidencia, em toda a comunidade acadêmica, a disputa por concepções de universidade e, em especial, põe em xeque o conceito de autonomia universitária.