Carta aos estudantes da UFF
Prezados (as) estudantes da Universidade Federal Fluminense,
A greve Nacional das Instituições Federais de Ensino (IFE), a qual os docentes da UFF aderiram em 22 de maio deste ano, teve como objetivo a defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade. Isso se traduziu na definição de alguns pontos fundamentais como a Carreira Docente e as Condições de Trabalho.
Uma carreira bem estruturada é fundamental para garantir o ensino, a pesquisa e a extensão dentro da Universidade. Assim, pontos como carreira única, equanimidade entre os níveis remuneratórios, valorização da dedicação exclusiva e remuneração adequada são importantes na construção de um espaço de docência valorizado e passível de se desenvolver com a qualidade almejada.
Por outro lado, as condições reais de trabalho são elementos fundamentais para a viabilização deste projeto de educação e estão atreladas às questões de carreira. Desta forma, em nossas reivindicações insistimos na necessidade de concursos públicos; conclusão das obras nos prédios; ampliação do número e melhoria das bibliotecas e dos laboratórios; expansão da assistência estudantil; aumento da verba para financiamento das Instituições Federais de Ensino, entre outras.
É importante observar que toda essa pauta vem sendo apresentada desde 2010, sem que, contudo, algum ganho tenha ocorrido. O movimento grevista iniciou-se, então, como uma tentativa de pressionar o governo a abrir efetivas negociações sobre a pauta pretendida. Ressaltamos que a luta dos docentes foi acompanhada pela dos estudantes e dos técnicos administrativos, gerando um movimento amplo pela melhoria da qualidade da educação nas IFE.
Embora tenhamos realizado uma greve forte, com um enorme apoio do movimento estudantil e da opinião pública, o governo se manteve intransigente. Rompeu as negociações com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) em 31/08/2012 e encaminhou ao Congresso Nacional um Projeto de Lei (PL 4368/2012) que desestrutura a carreira dos servidores da educação. A proposta coloca em risco a autonomia universitária, retira direitos conquistados e flexibiliza o regime de dedicação exclusiva, favorecendo a privatização “por dentro” das IFE. A intransigência também se manifestou na negativa em discutir com o movimento docente qualquer ponto relativo às condições de trabalho e de ensino.
A decisão pela suspensão da greve a partir do dia 17 de setembro de 2012 e a retomada das aulas, após mais de 120 dias de paralisação, se justifica por entendermos que nesse momento não havia mais condições de negociação. Porém, sua realização possibilitou conquistarmos importantes avanços na defesa da Universidade Pública.
Retomamos nossas atividades com o compromisso de garantir aos alunos a reposição adequada e de qualidade de ambos os semestres de 2012. Assim, caminha-se no sentido de ajustar no médio prazo nosso calendário acadêmico ao calendário corrente e minimizar impactos futuros.
Contudo, consideramos que é importante ter claro que o retorno às atividades regulares não implica no abandono da pauta de reivindicações, nem da defesa de uma universidade de qualidade. Agradecemos o apoio dos estudantes, essencial para o movimento. E, apesar de entendermos que, neste momento, é necessário atuar sob outras formas de mobilização, esperamos que estas nos auxiliem a acumular forças para, conjuntamente, permanecer na luta.
Seminário sobre diversidade sexual do ANDES-SN começa na próxima sexta (19/10)
Começará na próxima sexta-feira (19), na cidade do Crato (CE), o I Seminário Nacional do ANDES-SN sobre Diversidade Sexual, que terminará no sábado (20). O evento foi deliberado durante o 31º Congresso do Sindicato Nacional e vai debater os problemas que afetam a comunidade LGBT. Os debates ocorrerão no Salão de Atos da Universidade Regional do Cariri.
“Com esse seminário buscamos dar visibilidade para questões como a exclusão social, novas configurações sociais e saúde pública da comunidade LGBT”, explica o 2º vice-presidente do ANDES-SN, Gean Santana, que é um dos organizadores do evento.
A primeira mesa do seminário, na manhã do dia 19, terá como tema “Sujeitos na diversidade sexual: Acesso e permanência na educação. Profissionalização e mercado de trabalho. Travestilidade: exclusão e risco social.” Os palestrantes serão os professores Luma Andrade, militante da causa LGBT e primeira travesti doutora da Brasil, e Fábio Pessanha Bila, professor da UESC.
A segunda mesa, na tarde do dia 19, debaterá “Movimentos sociais, direitos e configurações familiares. PL 122/2006. Conjugalidade: casamento gay e união civil. Parentalidade: novas configurações. Contribuições dos movimentos sociais.” Falarão sobre esse tema o professor Wilson Tenório e o juiz carioca Lindomar Darós, que também é professor da Uerj.
“Saúde pública: vulnerabilidade, acesso e assistência. Políticas públicas de saúde. Assistência psicossocial aos principais agravos LBGT (suicídio, depressão etc.). Acesso ao sistema público de saúde”, é o tema da terceira mesa, prevista para começar às 17h30 do dia 19. Os palestrantes serão a professora da UFC Camila Casto e o professor Glauberto Quirino, da Urca.
A última mesa, na manhã do dia 20, debaterá o tema “Educação e diversidade sexual: Formação profissional e continuada. Diversidade na educação básica. Enfrentamento da homofobia nos espaços de educação formal.”. Os palestrantes serão os professores Anderson Ferrari (UFJF) e Helena Altman (Unicamp). Na tarde do dia 20 haverá a realização de grupos de trabalho e a consolidação das propostas apresentadas.
Violência contra homossexuais
Para o ANDES-SN é importante a sociedade enfrentar a discriminação contra a comunidade LGBT e, com isso, reduzir a violência contra esse grupo social. De acordocom a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, no ano passado foram registradas 1.259 denúncias, no Disque 100, de violências contra gays. As denúncias foram feitas de forma anônima e repassadas para as polícias e governos locais.
De acordo com o Grupo Gay da Bahia, que, desde 1970, faz um levantamento diário na imprensa, em 2011 ocorreram 266 homicídios de gays, lésbicas e homossexuais. De acordo com o GGB, este foi o 6º ano consecutivo de aumento no número de homicídios contra os homossexuais.
Na estatística de 2012, o GGB deve incluir o assassinato, no dia 5 de janeiro, do antropólogo e professor Cleides Antônio Amorim, 42 anos, que coordenava o curso de Ciências Sociais na Universidade Federal de Tocantins, foi vítima fatal de um crime de cárter homofóbico, na cidade de Tocantinópolis (TO).
Segundo dados do Giama (Grupo Ipê Amarelo de Conscientização e Luta pela Livre Orientação Homossexual), desde 2002 o estado do Tocantins computou 25 crimes com características de homofobia.
Mais informações (61) 3962-8406 (Rejane Medeiros) ou (61) 9146-6941 (Gean Santana)
Preparem-se para a grande festa de celebração do Dia do Professor
Como informamos anteriormente, a ADUFF convida os docentes para celebrarmos juntos o Dia do Professor. Nossa festa acontecerá no dia 18 de outubro (quinta-feira da próxima semana), a partir das 20h30, no Clube Português de Niterói (Rua Prof. Lara Vilela, 176, Ingá). A festa terá os DJs da Festa Maracangalha e show de Monarco e grupo Som do Samba.
Pedimos que confirmem presença através de telefone (3617-8200) ou email (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.).
Vamos comemorar nossa data com muita alegria, para seguir na luta.
Conselho Nacional de Saúde aprova resoluções contrárias à Ebserh
O Conselho Nacional de Saúde, em reunião realizada na última quarta-feira, dia 10, aprovou duas resoluções contrárias à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), criada pelo governo federal para administrar os hospitais universitários (HU). As resoluções foram sugeridas pela Frente Nacional contra a Privatização da Saúde (Fentas) e contaram com o apoio do ANDES-SN. Os únicos votos contrários a essas resoluções foram dos três representantes do governo.
A primeira resolução recomenda aos ministérios da Saúde e da Educação que revoguem a lei 12.550/11, que criou a Ebserh. Também recomenda que os dois ministérios firmem convênios diretamente com as universidades, visando dotas os HU de autonomia administrativa e financeira.
A outra resolução delibera que o Ministério da Saúde garanta todo o financiamento dos HU que não aderirem à Ebserh. Com isso, as universidades não serão obrigadas a aderir à empresa. “Essa foi a deliberação mais importante, o problema é que o ministro não tem respeitada as deliberações do CNS”, critica a coordenadora-geral da Fasubra, Janine Teixeira.
ANDES-SN
A professora Terezinha Diniz, que estava em Brasília participando da Comissão Nacional de Mobilização e representou o ANDES-SN na reunião do CNS, manifestou a posição do Sindicato Nacional contrária à Ebserh. “Impedir a implantação dessa empresa significa evitar a privatização do maior sistema hospitalar público brasileiro, composto por 46 unidades hospitalares”, defendeu.
Fonte: ANDES-SN
Docentes protestam contra data da Agenda Acadêmica UFF
Conforme deliberação da Assembleia Geral da ADUFF realizada no dia 2 de outubro, a Comissão de Mobilização aprovou uma “Nota pública” manifestando sua crítica à manutenção da data de realização da Agenda Acadêmica, a despeito dos quase quatro meses de greve. Os docentes farão uma panfletagem na solenidade de abertura da Agenda, no dia 16 de outubro, às 18 horas, no auditório Florestan Fernandes (Gragoatá, Bloco D). Segue abaixo a íntegra da nota.
Docentes protestam contra data da Agenda Acadêmica UFF
Conforme deliberação da Assembleia Geral da ADUFF realizada no dia 2 de outubro, a Comissão de Mobilização aprovou uma “Nota pública” manifestando sua crítica à manutenção da data de realização da Agenda Acadêmica, a despeito dos quase quatro meses de greve. Os docentes farão uma panfletagem na solenidade de abertura da Agenda, no dia 16 de outubro, às 18 horas, no auditório Florestan Fernandes (Gragoatá, Bloco D). Segue abaixo a íntegra da nota.
Artigos já podem ser enviados para a próxima revista Universidade e Sociedade
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